terça-feira, outubro 26, 2004

Acto II e 1/2 

Fui para casa ontem. De carro, finalmente.
Na rádio existe, normalmente na altura em que vou para casa, um programa com um locutor muito irritante que tem uma voz tão expressiva que se lhe consegue odiar a cara. Pequenas entrevistas.
O senhor que lhe falava era João Canijo. Sobre o último filme dele. Não apanhei o princípio mas era sobre a noite, o submundo da noite, casas de meninas e por aí fora. Gostei de o ouvir falar. Até pensei em ir ver o filme. mas depois ... começaram a caracterizar Portugal, coisa que nunca percebi. Portugal. Nem nunca percebi este recorrente tique, cá de dentro, de o caracterizar. Não acredito que se possa ter grande coisa a dizer sobre a questão. Depois de eu muito concordar com o realizador, discordei, claro.
Um filme sobre casas de putas não devia ser moralista. podia ser amoral.
Que a moral não serve para nada, apenas para esquecermos quem peca. Mas pode até haver quem peque sem saber. E é pecado.
Não gostei de os ouvir falar nas mesmas coisas de sempre: os veludos vermelhos gastos, os homens de família, as mulheres estrangeiras e por aí fora. Existe tanta, tanta coisa na vida mas eles insistem em fazer filmes.

link || PFC 11:35 da manhã

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