A selecção diária de frases do Público (ou outro), poupa tempo e é tudo o que basta para perceber do que falar em cafés. Além disso glorifica a frase, a frase da semana, a melhor frase, a tirada genial, o golpe de asa, que é afinal para isso que todo o comentador, comenta.
Pulido Valente tinha, num dia da semana passada, essa distinção. Citado, diz que o BE é produto da Televisão. Concordo plenamente. Talvez não fosse sobre isto que ele falava, mas eu só li a frase, portanto só a frase interessa. O BE é produto da Televisão tal como o Pulido Valente é produto de um jornal. O que é mais nobre, não sei. O que me interessa é que o BE é produto dos dias de hoje, não podia existir se a televisão não lhe desse cobertura. Um grupo de pessoas que representam muito poucos, que não são espelho de nada a não ser de intenções, são a elite portuguesa da política, não são uma força na política portuguesa, acreditam que defendem um país, que trabalham por ele e que o devem fazer. Que são inspirados. É este o papel das elites. Mas o campo de acção dos partidos e das elites é diferente.
O BE não vai sobreviver a Louça, Miguel Portas e ás gajas.
O PSR vai deixar de existir, é pena. Porque o PSR era um partido político. O BE não, mas faz de conta.