Costumava gostar de vozes pouco virtuosas, pareciam-me melhores para cantar, e as outras, para circo.
Os que cantavam sem virtuosismos estavam livres da tentação de ir atrás do solo desnecessário e parecia-me estarem sempre mais perto do limite. De qualquer coisa. Mas sobretudo porque, como diz uma dessas vozes: "There is a crack in everything, that's how the light gets in".
Costumava pensar assim. Ainda penso. Apenas três excepções: as vozes de Diamanda Galas, Antony e o piano do Glen Gould nas Variações de Golberg.