quarta-feira, dezembro 10, 2003

Apesar de tentar, não consigo parar 

Então, sobre a gente que se dedica a informar-me, como por exemplo a Janela indiscreta, digo: Que há dias em que não consigo lá ir. A lista dos meus links já é longa de mais e em certos dias salto a Janela. Salto porque não me apetece ver na mesma página o Calvin e o Garfield e o Fellini, o Douglas Sirk, Keith Haring, Borges, em certos dias até o Thomas Bernard e o Fred Astaire. Obviamente que a maior parte do que lá passa desconheço. Mas o que conheço obriga-me a um esforço de depuração.
Uns dias, leio informação e agradeço. Como aquela colectânea de poesia que fizeram com outros blogues.
Outros dias, fujo da cultura, da obsessão da cultura. Deste ideia de que o critério é a qualidade. De que se pode juntar tudo em dois sítios: o sítio das coisas boas e o das más. De que só existem bons filmes e maus filmes, boa música e má música, bons livros e maus livros. Não. Há coisas boas que não quero. Há preconceitos de que não abdico.
Não consigo estar atento a tudo, ter que ouvir, ler e ver. Estar disponível para a cultura, desde que boa, implica estar aberto a tudo, sempre á procura, ouvir "cultura !" e saltar. Saltar duma coisa para a outra porque o que importa é que ambas são boas.
Isso é trabalho para estantes.

link || PFC 4:37 da tarde

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