Num conto de Borges, li a mais desolada explicação do que é a morte dos outros.
Quando morre um homem, morrem com ele as coisas que só ele viu. O mundo perde, tudo o que ele viu durante a vida. Mesmo acreditando em Borges, que o pôr-do-sol de logo ao fim da tarde é o mesmo do dia em que Cristo morreu, com esse homem, morre alguma coisa.
Quando morreu o último homem que viu Cristo, morreu a última imagem Dele.