quarta-feira, novembro 19, 2003

A Don'Odete. 

Tenho tendência a gostar destas personagens. São mais densas. Têm mais coisas difíceis para explicar e para eles resolverem. Exigem mais esforço a perceber.
Ontem vi a dita na TV. Que documentário deprimente.
Mas nem todo o mal do mundo é culpa dos jornalistas. Eles podem perguntar mal, induzir, torcer, mas quem quis responder foi a D. Odete.
Chega-se depressa e sem valor a este estatuto de Cunhal/Soares... quem são os vivos da direita ... se calhar não existem, o que para início não é nada mau. O Freitas leva tanta porrada da direita que se percebe que essa é já uma qualidade da direita, não "entroniza", pelo menos os vivos.
E toda a gente gosta de ver a Odete, a dizer uma frases soltas com um ar diferente dos outros deputados. Ela é diferente dos outros deputados. Mas que raio de coisas diz a Odete que valham sozinhas cinco minutos? Ou que não tenham sido ditas de forma melhor vezes sem conta por outros ?
Tenho que gramar a Odete, elevada a Natália Correia da época. O ar é afectado, é feia, nunca lhe ouvi nada de muito bem pensado ... tem convicções. É tudo. Mas falta-lhe tanto mais. Falta-lhe estar calada em vez de dizer com um ar viajado que as pessoas em Cuba lhe manifestaram em voz alta críticas ao regime.
Convicções e coragem é dizer ao partido o que pensa realmente e se o que pensa realmente não agradar, que saia, que na rua há muito mais gente que lá dentro.

link || PFC 3:42 da tarde

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