No sábado, no Hot Club, tocavam um baixo, uma bateria e uma guitarra.
Durante a primeira parte, tocaram umas coisas com notas a mais, muito compostas (de "composição"), rock progressivo em Jazz. Estava quase a voltar a acreditar que o Jazz é um género perigoso, que é frequentemente música de falhados que só se divertem a eles próprios. Pensava que as excepções eram os casos em que os interpretes são muito bons, o caso do Miles Davis. Azar meu, haver uma guitarra. Não gosto de Jazz com guitarras. Não é instrumento para jazz. São sempre tocadas no mesmo som claro, são sempre guitarras acústicas amplificadas, onde os agudos é que contam. As cordas mais graves são de Blues e por isso as guitarras em jazz parece que tentam tocar como pianos ou trompetes. E sempre muito límpidas. As guitarras eléctricas em jazz são tocadas com vergonha.
Na segunda parte (depois do intervalo), tive a surpresa do homem da guitarra (Pedro Madaleno), tocar aquilo de outra forma: menos solos, mais ritmo, menos notas, melhor tempo. E tocou como se fosse uma guitarra eléctrica. Até meteu "pedais" a ajudarem o som.
Mas continuo a achar que o jazz é o género mais perigoso.