A falta de notícias, sabe-se, leva a invenção de questões.
Agora é o referendo. O
Carimbo diz que é urgente a preparação para o referendo. Mas urgente é saber quais são as alternativas.
Toda a gente gosta da figura do referendo, devem sentir-se mais importantes.
A mim bastava-me que os políticos discutissem o assunto. Que analisem aquela coisa que dizem ser uma constituição europeia (deviam mudar-lhe o nome, porque desde criança que sempre achei que nós tínhamos uma que era quase um arquétipo, uma coisa guardada, que resolvia todas as questões e nos dava a razão de sermos portugueses), que vejam o que se pode fazer e discutam alternativas. Eu vou assistindo pelos jornais e acompanhando os comentários. Não só elegemos um governo, elegemos também várias "oposições". Uma assembleia da Republica e um Governo. Não preciso que referendem todos os assuntos, que me chamem mais uma vez a dizer-lhes o que fazer.
Esta coisa da Constituição Europeia é tão "referendável" como a Regionalização mas quais seriam as consequências do voto?
Se me perguntarem se concordo com a tal constituição não sei o que responder. Talvez diga, " Mas há alternativa?". Mas isso não cabe num quadradinho.