Sexta-feira morreu Johnny Cash, ontem vi uma entrevista dele ao Larry King na CNN. Nunca percebi o que terá aquele LK de bom, as entrevistas não prestam. Mas era o JC. Estava vestido de preto. Nada lhe podia ficar mal. Não tive pena de o ver velho e sem a popa “billy” preta. A voz faltava-lhe de vez em quando. Não era bem a voz que essa nunca lhe faltou, sempre teve a mais, por isso lhe saía como se fosse voz de mais para um homem. Faltava-lhe ar, de vez em quando.
O Bono disse nas notas interiores de um cd, que qualquer homem quando o ouvia se sentia um mariquinhas.
Quando vemos um filme sobre um homem deste, ou lemos um livro sobre a vida de um homem assim, esquecemo-nos sempre que para a vida dar um filme ou um livro, é preciso uma vida inteira. Não basta duas frases bem ditas ou dois movimentos bem feitos. Têm que se levar uma vida inteira para merecer um filme e na maior parte das vezes nem sequer se tem a noção.