quarta-feira, setembro 03, 2003

A elite na História 

Entre os argumentos a favor, em cristovao-de-moura, comento apenas alguns
Os contra são menos interessantes e mais orientados.

O que talvez interessasse perceber nos argumentos de cristovao-de-moura é que mais uma vez se procura uma evolução pelas elites - adquirido por todos o que foi revelado e dado por poucos (sufrágio internacional), perdeu o valor (até simbólico) e foi mal utilizado.
Gasto que está pela má utilização e acesso desmesurado e sem regras, é necessário que, lhe seja incorporado algum valor: o controle na utilização, a componente de valor que lhe começa a faltar.
A evolução seja ela qual for não é passível de ser classificada em boa ou má, é apenas mudança, que nos sistemas democráticos se traduz em tentativa de a levar a toda a gente.

O que acho interessante no meio da conversa cruzada é que a história não acabou mas acabou quem têm feito a história, as elites.
O acesso desmesurado aos espaços públicos teve outra consequência, que foi o esgotamento do espaço das elites. A sua capacidade foi reconhecida e explorada e banalizada logo a seguir. A massificação estragou também esse poder.
Mas cristovao-de-moura continua, apesar das boas ideias, a não ver que o mal já está feito, e volta a existir razão numa luta de classes. Mas está perdida, a luta.
A diferença é que já não existe ninguém para controlar o acesso aos espaços públicos. Haver, há ... mas não são que cristovao-de-moura talvez pense.
Curiosa também esta ideia profundamente democrática, a de que tem que haver alguém a controlar, não vá alguém abusar da liberdade.

Sobre a qualidade dos políticos direi que é o que menos me preocupa. Deixou de ser importante. Que se pare de os ver como capazes de alguma coisa que não legislar. Bons políticos não fazem boa multidão, duvido até que façam alguma coisa em quatro anos de televisão. Pegando no exemplo corrente, passam um ano a entrar na casa deixada vaga, se lhes acontece uma crise internacional entretanto é mais meio ano a repararem os estragos e vão rezando para que haja petróleo, entretanto vêm o verão e é tudo esquecido nos incêndios. O que fica disto, ainda não dá para ver, mais sinto precaridade.

"Não me preocupa nada o que "as massas" vêem. A mim, o que me preocupa são as próprias massas. É um problema político e social: eu acho que a multidão enquanto tal não deveria ter direito de acesso ao espaço público, ponto final."
Se não fosse a "multidão enquanto tal" ... não sei o que é a "multidão enquanto tal" e por isso não avanço, mas gosto da frase, está bonita, é frase típica de encerrar conversa, só serve para isso.

link || PFC 4:04 da tarde

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